Eu sou o caminho, a verdade e a vida… – Jesus (Jo. 14:6)

 

A jornada humana é uma travessia de aprendizados, onde a alma lapida seu ser ao atravessar desafios.

Mas, em meio às experiências que moldam o Espírito, há ciladas invisíveis, meticulosamente pensadas, disfarçadas em promessas douradas ou em sombras ameaçadoras.

Chegam como testes que a vida apresenta, como oportunidades para fortalecer a resistência moral e elevar a consciência.

Muitas dessas armadilhas não se anunciam com alarde. Elas se aproximam como brisas suaves, como convites sedutores, como atalhos aparentemente inofensivos.

Surgem na forma de glórias fáceis, afetos desordenados, orgulho alimentado pela vaidade.

Outras, mais cruéis, se fazem tempestades súbitas: perseguições gratuitas, calúnias, inveja…

Seja na doçura ou na dor, que essas armadilhas sejam interpretadas como lições: para testar a firmeza do caminhante

Há as ciladas que a própria existência material apresenta – os vícios que enfraquecem a vontade, os deslumbramentos que cegam o discernimento, as ilusões do poder, da fama, do prazer desmedido…

Mas existem também as ciladas invisíveis, tramadas nos bastidores da vida espiritual por consciências que, dominadas pelo orgulho e pelo ressentimento, empenham-se em deter aqueles que se esforçam por crescer.

Quando um Espírito se eleva acima do comum, quando brilha pelo bem que espalha, quando faz da própria vida um serviço de amor e de despertamento de consciências, atrai sobre si tanto admiração quanto resistência, tanto lealdade quanto traição.

Os que odeiam a luz não suportam vê-la expandir-se e, por isso, investem contra aqueles que a possuem.

Inspiram discórdias, semeiam desânimo, instigam ressentimentos, fazem com que o viajante tropece nas próprias dúvidas.

São forças que atuam nas brechas da alma, nos pontos frágeis do coração humano.

Alimentam o medo, insuflam a insegurança, sussurram desistências…

Tentam enredar pela vaidade os que buscam reconhecimento, pela culpa os que desejam redenção, pela angústia os que ainda não aprenderam a confiar.

Mas nenhuma sombra se impõe onde a luz não lhe permite entrada!

Você não está só!

Nenhum caminho em direção ao bem é percorrido sem auxílio. Nenhum caminhante segue sem o suporte da assistência. Há sempre mãos invisíveis sustentando seus passos, amparando sua queda, fortalecendo seu ânimo!

Aquele que realmente serve à verdade não precisa temer as ciladas do erro…

O mal tenta ferir, mas não pode atingir quem se blinda com a serenidade do coração desperto e o exercício continuado do Bem.

Quando as ciladas surgirem – e elas surgirão –, não se revolte, não tema, não ceda ao desespero.

Respire, silencie, observe..!

Veja-as pelo que realmente são: oportunidades para crescer, exercícios para a sua força interior.

Quanto mais adversidade você enfrenta, mais clara e forte se torna a sua postura perante a sua fé.

Quanto mais intensa a tempestade, mais profundo o seu aprendizado, mais preciosos seus valores existenciais conquistados.

Se atacado, não revide!

Se desafiado, não se desvie do caminho!

Se ferido, cure-se na prece!

Se cansado, repouse na certeza de que toda sombra é temporária e tudo passa, tudo mesmo!

… E lembre-se: as maiores vitórias da alma não acontecem no ruído dos confrontos, mas na paz silenciosa de quem permanece firme na Luz, mesmo quando tudo ao redor parece escuridão.

Desperte para o poder do Amor… acorde e viva o Bem de modo incondicional.

Este é o caminho, a verdade e a vida

O mal investe, mas a verdade permanece inabalável!

As sombras tentam obscurecer, mas a luz sempre se refaz…

Nenhuma cilada é maior que a coragem daquele que se fortalece no Bem!

Avance. Persevere. Confie…!

Porque, no fim, como aconteceu com o Mestre dos mestres, a maior cilada dos homens foi apenas o prenúncio da ressurreição, testemunho da Vida em Abundância!

 Maurício Silva


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